terça-feira, 31 de maio de 2011

The Boilermaker! A bebida do Thor!

"Gostei disso. Quero mais um!"
Se você foi assistir Thor nos cinemas essa frase vai ser bastante familiar. Caso não tenha assistido, ok, o que você vai ler não é tão grave.
Como bom nórdico que é, Thor, ao apreciar a bebida terráquea (dizendo assim, parece que Thor é um alienígena, e não um deus), atira a xícara ao chão e pede um bis... enfim, pede mais uma daquela bebida indeterminada, e em sinal de respeito é que a atira ao chão.
Mas o mais legal na verdade, não é o que raios (e haja raio no filme) ele tomou na cafeteria (café talvez?), mas sim, o que ele tomou no bar. E claro, que um deus nórdico não poderia tomar nada mais, nada menos, do que: Cerveja! Na verdade, após a cerveja, ele toma um Boilermaker. Que é o cocktail da noite.

O boilermaker é um cocktail simples, sem uma história curiosa, ou mesmo uma elaboração complexa, assim como vemos no filme. Mas, o que me chamou atenção, foi a boa escolha que fizeram. Bom, em primeiro lugar, Thor é um personagem inspirado em um deus nórdico, e como todos sabemos, a bebida que mais nos remente aos nórdicos, é a cerveja. O segundo ponto, é pelo nome do cocktail. Boilermaker (em tradução livre, é algo como "pessoa que faz caldeiras"). E caldeiras, nos lembram força, potência, resistência, que são características do personagem também.
O coquetél, é simples, porém, existem várias versões. A base é cerveja, e acompanhando um shot de whisky. A graça do coquetél, não é exatamente de ser saboreado, é a mais pura intenção de ficar bêbado. No filme, Thor vira o caneco simplesmente para matar a sede (acredito eu), mas é de fato como se toma o boilermaker. A única variável, é onde, e como é usado o shot de whisky. Pode-se jogar o conteúdo na cerveja (como no filme), ou, jogar o copo dentro do caneco e então virar. Ou, por fim, pode-se virar o copo de whisky, e em seguida o de cerveja, um na sequência do outro. Dica dos Ingleses: Use uma English Pale Ale e um rye whisky.
Enfim, gostei disso. Quero mais um!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dia do Orgulho Nerd! E nada como uma bebida nerd...

Hoje, como muitos sabem pois está rolando no facebook há alguns dias, é o dia do orgulho nerd. E mais importante do que isso, hoje, fazem 34 anos da estréia do primeiro filme da sequência Star Wars, motivo que levou a criação da data do orgulho nerd. E em forma de homenagem à série, resolvi postar uma bebida típica de Hoth.
E como de costume, vou falar um pouco sobre a região, digo, planeta de origem da bebida.
Hoth, é um planeta extremamente frio, pra dizer a verdade, congelado. Dentre seus poucos habitantes estão os Wampas, os Tauntaus, os Porcos de Hoth e alguns outros. Além dos rebeldes, que resolveram instalar ali uma base. A temperatura fica entre -30 e -60 ºC, uma temperatura bastante convidativa para um chocolate quente. E essa é a receita do cocktail de hoje.
Pegue um copo de leite, uma colher de chá de chocolate em pó e duas colheres de chá de açúcar. Ponha tudo na panela e em fogo alto vá mexendo até notar bolhas surgindo na borda da panela. Isso significa que o chocolate e o açúcar já integraram o leite, mas mexa bem para garantir. Assim que as bolhas aparecerem, tire do fogo. Sirva em uma caneca de cerâmica, que ajuda a segurar o calor da bebida. Complete com alguns marshmallows e pronto!
Dica: Se for usar achocolatado ao invés do chocolate, use menos, ou nenhum açúcar.

Se é bom ou não, ai já é outra história, que assim que eu descobrir, conto por aqui.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dia 24 de Maio, dia nacional do café! Pt II - Saúde


Depois da postagem sobre a história do café, é hora de falarmos de algo importante, muito importante: Saúde!
Derrubando muitos mitos construídos durante sua história, estudos recentes vem mostrando o lado positivo do consumo do café, e deixando de lado o seu papel de vilão.
O café, além de ser uma bebida sem calorias (obviamente, se consumida sem açúcar), ele também é responsável por aumentar os níveis de endorfina no cérebro! "Ahn...ok, e dai? Que raios é endorfina?". É, eu também pensei isso quando soube da novidade. A endorfina, é a substância responsável pelo bom humor, pela boa memória, pela disposição física e mental, ajuda a aliviar as dores, diminui efeitos de envelhecimento, bloqueia lesões dos vasos sanguíneos e melhora o sistema imunológico.
Além da tal endorfina, o café conta com aminoácidos, lipídeos, proteínas e os diversos compostos voláteis, que dão seus aromas característicos.
O café, ajuda a prevenir diversas doenças, como a depressão, a diabetes (tipo II), o alcolismo e a dependência de drogas. Na depressão e na diabetes, os responsáveis, são os ácidos clorogênicos, aqueles que aumentam a formação da tal endorfina. Já no alcolismo e nas drogas, os responsáveis são os quinídeos, produzidos na torra do café, a partir de quem? Dos benditos ácidos clorogênicos.
E tem mais! O café, possui polifenóis, esses, tem propriedades antioxidantes, que ajudam a evitar o envelhecimento das células, e ajudam na prevenção de câncer e infartos. Antioxidantes também são encontrados em vinhos, soja, gergelim, inhame, cerveja, dentre outros.
Depois de tantas rebimbocas da parafuseta, o resumo é: café, é uma bebida altamente saudável, que hoje é recomendada a todos, desde estudantes (de qualquer idade, crianças e adultos) até atletas. Isso por que suas propriedades de agir na produção de endorfina fazem com que tenhamos melhores desempenhos fisícos e mentais. E claro, tudo isso com uma alimentação adequada e balanceada, e hábitos saudáveis, além, de moderação, em média, 4 xícaras de café ao dia são recomendadas.
Portanto, vamos beber café!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia 24 de Maio, dia nacional do café! Pt I - História

Amanhã, dia 24 de maio, é o dia nacional do café. E como o tema do blog é a bebida, não podia deixar de falar da bebida mais importante para o Brasil. Afinal, falar de Brasil e não falar de café é quase como falar de Escócia sem Whisky, ou de Alemanha sem cerveja. O café, como disse, é a bebida mais importante do Brasil, e me arrisco dizer que a é a mais adorada pelos brasileiros. Mas de onde veio? Para onde vai? Quais são os hábitos e onde vive essa criatura?
Bom, deixando a bobeira de lado, veremos um pouco da história. A lenda mais aceita sobre a origem do café é a de um pastor, da região onde hoje é a Etiópia, que começou a notar a agitação de suas cabras após comerem certos frutos de cor avermelhada ou amarelada. Ele percebeu que essa agitação as dava mais animo e forças para aguentar as longas caminhadas. Vendo isso, comentou com um monge da região, que após experimentar a fruta em forma de infusão, percebeu que ele lhe dava mais forças para ficar acordado durante suas longas jornadas de orações.
Alguns séculos depois, o café era cultivado na Arábia, passando então a ser chamado de "vinho da Arábia". E dai a origem do nome, "qahwa" significa vinho, e por isso, a bebida recebeu esse nome. Mas ainda assim, a cultura de se torrar o café, e bebe-lo como conhecemos, só veio no século XVI, na Pérsia.
Até o século XVII, o café era um segredo que somente os povos arabes conheciam, fazendo com que os europeus viajantes ficassem extremamente fascinados pela bebida, e passavam a tentar de todas as maneiras descobrir como era o seu processo de criação. E finalmente, após muitos anos os holandeses conseguiram as primeiras mudas e as plantaram no jardim botânico de Amsterdam, entregando o café para os europeus, que logo, aderiram o hábito do consumo do café.
Mas como o papo aqui é Brasil, vamos ao que interessa. Como tudo no Brasil, tivemos um "jeitinho" ao trazer o café para nossas terras. Depois de um bom tempo de vida na América do Sul, o Brasil, que ainda não produzia café, se interessou pela planta, mas ainda precisava conseguir as primeiras mudas. Ai é que entra o jeitinho brasileiro. A pedido do governador do Grão Pará e do Maranhão, o Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, se aproximou da esposa do governador da capital da Guiana (não sei vocês, mas acho que esse "aproximou" é meio suspeito não?) e conseguiu uma muda da planta. E é claro que não acaba por ai, além desse jeitinho, ainda teve de ser trazida clandestinamente, coisa que felizmente, já não acontece mais.
O café então passou a ser plantado em diversas partes do país, e se tornou o principal produto brasleiro. O local da maior destaque ao café, foi o Vale do Rio Paraíba em torno de 1825. E o Brasil, se aproveitando que seu principal concorrente, o Haiti, estava em período de guerras, tornou-se um grande exportador de café. Durante quase cem anos, o café foi a máquina propulsora do Brasil. Foi ele que nos fez desenvolver estradas e ferrovias, assim como foi ele que deu grande destaque à cidade de Santos, pela sua qualidade única no café, e claro, pelo seu porto ser um dos maiores exportadores.
Em 1870, uma forte geada acabou com quase todas as plantações do oeste paulista, e 59 anos depois, em1929, a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque fez com que os preços caissem bruscamente, fazendo produtores queimarem (literalmente) grande parte de sua produção para tentar segurar os preços. Mesmo com seus altos e baixos, o café se manteve no Brasil, e claro, no mundo. Hoje, o Brasil é o maior produtor e segundo maior consumidor de café no mundo, perdendo apenas para o Estados Unidos.
De uma forma ou de outra, o hábito do café brasileiro, é indiscutível, e amanhã, comemoraremos o dia nacional do café. E sempre com moderação... Mas amanhã falamos mais disso.

domingo, 15 de maio de 2011

Pulque? Agave? Ah! Tequila!

Pulque, é o fermentado da Agave. Quase uma cerveja de Agave, ou uma cerveja de tequila, se assim soar mais interessante talvez. O fato é que, a Agave é a matéria prima da tequila, e como qualquer destilado, precisa de um fermentado para produzir seu alcoól. E também era assim que os antigos moradores do que chamamos hoje de México consumiam e veneravam o produto alcoólico de sua matéria prima. Durante muitos séculos foi assim, mas com a chegada dos espanhóis, tudo mudou. Os espanhóis, depois de sua chegada ao Novo Mundo em 1521, acharam a bebida dos nativos muito interessante, e se apropriaram da idéia, adicionando o processo de destilação da bebida por volta de 1535. Ai a bebida passou a ter outros nomes, primeiro como "Brandy de Mezcal", passando por "Vinho de Agave" e "Tequila de Mezcal". Alguns anos depois, adotando somente o nome de Tequila, que é um pequeno vilarejo na região de Jalisco, claro, no México.
O nome, Tequila, mesmo sendo adotado do vilarejo, é um nome curioso e que tem diversas interpretações. Alguns dizem ser uma palavra de origem indígena (Nahuatl) que pode significar algo como "o lugar das ervas selvagens", "o lugar de plantar" ou "o local de trabalho". Outras fontes dizem ser um desdobramento da palavra "tetilla", por que os antigos diziam que o vulcão (que ali perto existe) parecia um seio feminino. Podemos também encontrar a versão de que a palavra viria das pedras vulcanicas, que era usada para ferramentas. E por fim, há quem diga que o nome vem de nomes ancestrais, como Ticuilas ou Tiquilos.
Por fim, é importante ressaltar que durante muitos e muitos séculos a Agave era venerada pelos Aztecas, não  pela sua capacidade de gerar alcoól, mas por ser largamente utilizada por suas fibras. Sendo usada então para produção de cordas, roupas e até papel, sendo chamada então como "árvore das maravilhas".
Então, assim como na história da cerveja, a tequila, ou a Agave, chega aos dias de hoje como começou na sua história, considerada por sua deliciosa bebida, a "árvore das maravilhas".

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cerveja da Floresta Negra! Não não... não tem chocolate nem cerejas...

Como prometido, hoje eu iria postar a degustação da cerveja apresentada no "Cerveja Filosófica", e que, esqueci de escrever no outro post, era também para o lançamento do livro "Cerveja & Filosofia". Que é uma compilação de celebridades da cerveja falando sobre como a cerveja influenciou e influencia a vida humana, sobre as ligações entre a cerveja e o cotidiano... enfim, me parece um bom livro, que ainda não tive oportunidade de começar a ler. Mas voltando ao assunto, a degustação, vou falar um pouco da cervejaria, que é a Rothaus.
A cervejaria Rothaus é uma cervejaria Alemã que fica na região da floresta negra. Exatamente, é de lá que surgiu o tal do bolo, por ser uma região de grande produção de cerejas, é comum encontrar pratos com tais frutas. Assim como uma aguardente, chamada Kirsch Schnaps, que também tem a mesma matéria prima. A floresta negra ou Schwarzwald, em alemão, é também a terra do relógio cuco, e uma grande produtora de vinhos, mas isso não quer dizer que não tenha espaço para a cerveja não é mesmo?
Como boa parte das cervejarias da Europa, a Rothaus também tem influências religiosas. Foi fundada pelo abade Martin Gerbert von Hornau em 1791, e hoje é uma das principais cervejarias regionais da Alemanha.

Chega de papo, vamos a cerveja!

A Rothaus Pilsen Tannenzäpfle é uma cerevja do estilo German Pilsen, com uma ótima apresentação, uma bela garrafa, ilustrada pela Biergit (garota propaganda da Rothaus) e pelas pinhas e seus ramos, que fazem alusão ao nome da cerveja. A apresentação se completa no copo, uma cor brilhante e viva, com uma espuma generosa e de boa persistencia. Uma ótima presença de malte, com um lúpulo discreto são encontrados tanto nos aromas quanto nos sabores. Tem um corpo de leve a moderado, bastante refrescante e com um leve amargor final, que nos faz querer mais e mais goles, um logo após o outro. Assim como a apresentação, a cerveja também é viva, ou seja, não é pasteurizada, o que garante mais frescor no copo.

A Rothaus é uma cervejaria sustentável, já que se utiliza de energia renovável e purifica todos seus resíduos biológicos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cerveja Filosófica na Livraria Cultura

Ontem fui a um evento que a Livraria Cultura, em parceria com a Laus Special Beers realizou no shopping Market Place, e tivemos a honra de contar com a presença da Cilene Saorin, mestre cervejeira e sommelier de cerveja. O "Cerveja Filosófica", nome dado ao evento, tem a proposta de mês a mês, trazer uma celebridade para filosofar sobre a cerveja.
Nesse primeiro encontro, de poucos na platéia, Cilene nos falou um pouco sobre muitos assuntos. Começando pelo surgimento da cerveja, lá nos Sumérios, e indo até a Idade média, onde o alcóol talvez fosse uma forma de viver e morrer melhor, em meio a tantas guerras e doenças. Falando assim, parece que foi pouco tempo, mas já tinha-se passado tempo o suficiente para que todos estivessem com bastante sede, e então degustamos a primeira cerveja da noite. Uma cerveja do estilo German Pilsner, era a Rothaus Pilsen Tannenzäpfle, que postarei a degustação na semana que vem. Passamos então a diante e falamos um pouco sobre as dores de cabeça e ressaca causadas por determinada bebida ou marca, e numa grande aula, Cilene explicou, que basicamente bebida X ou Y pode fazer mal pra uma pessoa Z e não para uma W, tudo isso, depende da genética e da quantidade e tipos de alcóois superiores ou aldeídos presentes na bebida, mas lembrando que independente disso, o consumo excessivo de alcóol pode (e provavelmente vai) dar dores de cabeça em qualquer um.
Passando a bola, ou o copo, para a platéia, perguntaram sobre a lenda da água, se é ou não verdade que a cerveja X produzida em tal cidade é melhor do que a mesma cerveja em outra cidade. A explicação foi longa e gerou outras perguntas da platéia, mas resumidamente, a lenda, é lenda mesmo, já que as grandes cervejarias trabalham com especificação de matéria prima, ou seja, todos os ingredientes são exatamente idênticos. Já emendando com uma das perguntas seguintes, o que pode variar e alterar o sabor de uma cerveja, é principalmente o transporte, dificilmente se consome a cerveja com o mesmo frescor do que na fábrica, justamente pelo problema de logistica. E completando, falamos sobre data de validade e como isso impacta na qualidade da cerveja. Depois desse assunto um pouco mais breve (apesar de não parecer aqui) degustamos a segunda cerveja, uma Märzen, também da Rothaus.
Retomando o papo, falamos sobre as cervejas populares, temperatura de serviço, estratégia de mercado das populares e das especiais, e como isso influencia em cada consumidor.
E foi a vez da Rothaus Hefeweizen, que como sempre, teve a maior aceitação do público. Dai então, seguindo o papo das diferenças entre populares e especiais, entramos no assunto das características sensoriais, passando por comparações entre estilos de cerveja, e tipos de vinhos, até a influencia das taças e do serviço, como temperatura e ocasião de consumo.
Finalizando o papo da noite, falamos um pouco mais da diferença entre a cerveja da lata e da garrafa, o por que da diferença final no sabor e aroma de cada uma, assim como essa história de primeira e segunda filtragem da cerveja. E, recebemos um presente dos organizadores do evento, foram sorteados três kits de cervejas, cada um com duas das cervejas degustadas da noite e um copo para degustar o estilo. Dei sorte e ganhei o kit da Pilsner.
Fechando a conta, foi um papo bastante instigante, que pediu um próximo gole, digo, encontro. Espero o do mês que vem, e que mais eventos como esse apareçam por ai.

terça-feira, 3 de maio de 2011

"Lituânia sabe? Aquela que faz cervejas..."

Vou começar uma nova sessão aqui no blog, acho que vai ser a sessão mais divertida. Afinal, são as postagens sobre degustações! UHU!

Ontem foi o dia de uma cerveja que me surpreendeu muito, comprei sem conhecer, e simplesmente pelo fato dela ser da Lituânia. Pensei: "O que existe na Lituânia?" E foi disso que eu fui atrás.
Bom, a Lituânia, é um país relativamente novo. Seu povo e território começaram a ser formados no começo do século XI, e depois de ser unida e separada da Polônia (séc. XVI), depois anexada pelo império russo (final do séc. XVIII), só conseguiram sua independência em 1918. E que por conta da II guerra mundial, foram novamente tomados, agora pela URSS, em 1940, permanecendo assim até 1991, quando conseguiram novamente sua independência.
Sua gastronomia é baseada em peixes como o arenque e o salmão, acrescidos de batatas, aipo e toucinho. E também são chegados em um tal de queijo doce que não consegui descobrir o que é. Mas numa visão geral, tem uma gastronomia bastante típica do norte da Europa, com influências de povos germânicos.
Há pouco tempo, foi comemorado uma das festas mais importantes da Lituânia. Sim, a Páscoa. Onde pintam ovinhos para dar de presente e ainda fazem jogos com eles (parece com jogo de bolinha de gude).

Ok, agora que já temos uma noção de quem é essa tal de Lituânia que faz cervejas vamos ao que interessa: a bendita cerveja!

A cerveja Baltijos, é uma cerveja do estilo Munich Dunkel (fiquei um pouco na dúvida para classificar), com um discreto aroma de lúpulo, que é quase encoberto pelo aroma de caramelo do malte, e após uma breve evolução da cerveja, percebemos um leve aroma de frutas passa, mas ainda com a predominancia do caramelo. O sabor é uma ótima entrega do que o aroma revelou, um ataque doce, persistente, mas nada enjoativo, aquele doce gostoso de sentir sabe? E com um final levemente amargo, lembrando o lúpulo. Seu corpo é médio, que dá uma sensação de preenchimento na boca, levemente frizante e altamente refrescante, pedindo sempre um próximo gole. O alcoól é bem disfarçado pelos elementos da cerveja, e que de qualquer forma, não é de uma graduação tão alta, apenas 5,8%.

A Baltijos é uma cerveja de 1964, e foi medalha de bronze no campeonato mundial de 2002.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Whisky, e quem era Johnnie Walker?

Acho que depois de um post sobre a história da cerveja, nada melhor do que falar um pouco sobre o whisky não é mesmo?
O whisky tem lá suas complicações em termos históricos, logo pela data de sua criação já temos um dilema, assim como sua origem. Os escoceses alegam ser criação sua, e os irlandeses tentam puxar a sardinha, ou o barril, pro seu lado. Na Escócia, tem-se um documento que mostra que a produção já ocorria em 1494, por um Frade chamado John Corr. O documento listava a venda de 500 Kg de malte para a produção da aqua vitae (uisge beatha, em gaélico). Já na Irlanda, conta-se que a tradição havia sido trazia por (ele tinha que estar nessa também) São Patrício, no século IV a.C., o que comprovado ou não o fato, não daria o título à Irlanda, mas sim ao País de Gales, terra natal de São Patrício.
De uma forma ou de outra, o whisky ficou mundialmente conhecido graças à Escócia. E claro, por um homem, que resolveu tentar misturar diferentes barris de whisky, afim de obter todo o ano, e todos os anos, um whiksy de qualidade, já que o whisky, assim como o vinho, sofria (e em alguns casos ainda sofre) com a sazonalidade. Esse homem, depois de algum tempo, e depois de sua morte, recebeu uma homenagem e seu nome passou a ser parte de uma marca de blended whisky, Johnnie Walker.
Claro que esse não foi o único motivo da expansão do whisky pelo mundo, ele teve, digamos, uma ajudinha biológica. No final do século XIX um inseto de menos de meio centímetro, originário do continente norte americano foi parar na europa, onde fez um grande estrago em quase todas as videiras, quase levando-a a extinção (o que extinguiria consequentemente o vinho, o champagne, o cognac). Era a praga que ficou conhecida como Filoxera. E assim graças aos quase cinquenta anos de destruição da filoxera, o whisky pode expandir seu mercado pelo mundo afora, já que quase não havia mais a concorrência com o vinho ou o brandy.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Uma breve história da cerveja

Era uma vez.... é, acho que assim não é o melhor jeito pra se começar uma história sobre algo tão importante: A cerveja!
A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no mundo. Desde quando? Desde sempre. Não existe uma data exata para a criação da cerveja, mas estima-se que tenha sido criada (ou descoberta) pelos Sumérios há cerca de 6 mil anos atrás. Provavelmente por acaso. Alguém deveria ter deixado uma bacia de grãos molhados ao sol, eles germinaram, tornaram-se malte, e depois secaram. Alguns dias depois, foi fermentado naturalmente e produziu-se o alcoól pela ação das leveduras. Como naquela época, não se tinha a opção de deixar comida de lado por não achar bonita ou o gosto e aromas não serem atrativos, alguém comeu. Foi a partir dai que começaram a chama-la de "bebida divina". Provavelmente por causa dos efeitos causados pelo alcoól e o que mais que fosse que utilizassem naquela época na mistura da cerveja e que causavam efeitos relaxantes e excitantes.
Desde aquela época a cerveja já era uma bebida socializadora e sua cultura foi espalhada até o Egito, onde já foram encontradas diversos registros de sua produção e sua regulamentação de comércio.
Alguns milhares de anos depois, na Grécia e Roma, a cerveja passou a ser considerada a bebida dos pobres e dos bárbaros, e somente o vinho era cultuado e era considerado a bebida nobre, já que somente os mais poderosos tinham acesso. A população pobre tomava a cerveja, o que permitiu a disseminação da bebida por todo o território que passavam.
Na idade média, a cerveja passou a ser a bebida mais consumida. Isso mesmo, a bebida mais consumida, isso quer dizer que era mais consumida do que a água. Como naquela época não existia tramento de água e nem esgotos, a água era uma bebida insegura para se beber, e como a cerveja passava por fervura durante sua produção e o alcoól e o gás carbônico ajudavam a manter a cerveja como uma bebida livre de patologias. Além disso, a cerveja era utilizada como alimento (claro que ela era bem diferente da que consumimos hoje). Só para dados comparativos, na idade média eram consumidos de 400 a 1000 litros de cerveja per capta ao ano, hoje, na República Tcheca (maior consumidora de cerveja no mundo) bebem-se 168 litros per capta ao ano.
Foi nessa época também, que os mosteiros começaram a produzir as suas cervejas. Que eram armazenadas tanto para os viajantes que em suas jornadas paravam nos mosteiros para recuperar energias, como também, pelos próprios monges, que durante a quaresma, não poderiam comer nada, então, bebiam a cerveja, que os mantinha nutridos durante os quarenta dias de jejum.
Depois disso, as grandes descobertas para a cerveja, foram o microscópio, em 1680 que levou a descoberta da levedura, e o entendimento da fermentação por Louis Pasteur em 1871 em 1873 a invenção da refrigeração e em 1886 a pasteurização, também por Louis Pasteur. Passamos depois pela invenção do aço inoxidável e depois do alumínio. Chegando até os dias de hoje como conhecemos a nossa boa e velha cerveja... E põe velha nisso!
Hoje em dia, a cerveja continua como começou, sendo a bebida alcoólica mais consimida no mundo, agora com um sabor mais agradável (bem mais agradável) e com alguns, a chamando ainda de "bebida dos deuses".

domingo, 24 de abril de 2011

Save the Caipirinha!

Sim sim, a Caipirinha está em extinção!
De acordo com o decreto nº 4.072, de 3 de janeiro de 2002 parágrafo  4º : Caipirinha é a bebida típica brasileira, exclusivamente elaborada com Cachaça, limão e açúcar.  

E é exatamente ai que entra o problema. O nosso coquetel, elaborado no Brasil, disseminado no Brasil, e que hoje é uma dos coquetéis mais vendidos do mundo (ao lado do Dry Martini e da Tequila Sunrise) está tendo pouco a pouco sua receita alterada e seus sabores confundidos. Vemos muito facilmente as chamadas "caipirinhas de qualquer coisa", feitas com sake, vodka, morango ou abacaxi, quando no final das contas, Caipirinha só pode ser com limão, Cachaça e açúcar. 
Ninguém faz Tequila Sunrise com Vodka ao invés de Tequila, ou Mojito com Whisky. São exemplos grotescos, mas que mostram o que está acontecendo com a nossa bebida.
Foi pensando nisso que a Leblon, produtora de Cachaça, lançou no ano passado a campanha "Salve a Caipirinha". Para tentarmos levantar a moral e mudarmos essa cultura que foi espalhada de que tudo que é amassado no copo com alcóol é caipirinha.

Esse é um primeiro post bastante breve, mas que acho que deveria ser escrito o quanto antes, afinal, a Caipirinha é nossa, e não vamos querer perde-la para qualquer outra mistura que façam com qualquer fruta e destilado em qualquer parte do mundo.

Para o primeiro post é só isso. O blog tem como o foco a bebida e sua cultura. Nos próximos posts começarei a contar um pouco da história e origem de algumas bebidas e coquetéis.