terça-feira, 31 de maio de 2011

The Boilermaker! A bebida do Thor!

"Gostei disso. Quero mais um!"
Se você foi assistir Thor nos cinemas essa frase vai ser bastante familiar. Caso não tenha assistido, ok, o que você vai ler não é tão grave.
Como bom nórdico que é, Thor, ao apreciar a bebida terráquea (dizendo assim, parece que Thor é um alienígena, e não um deus), atira a xícara ao chão e pede um bis... enfim, pede mais uma daquela bebida indeterminada, e em sinal de respeito é que a atira ao chão.
Mas o mais legal na verdade, não é o que raios (e haja raio no filme) ele tomou na cafeteria (café talvez?), mas sim, o que ele tomou no bar. E claro, que um deus nórdico não poderia tomar nada mais, nada menos, do que: Cerveja! Na verdade, após a cerveja, ele toma um Boilermaker. Que é o cocktail da noite.

O boilermaker é um cocktail simples, sem uma história curiosa, ou mesmo uma elaboração complexa, assim como vemos no filme. Mas, o que me chamou atenção, foi a boa escolha que fizeram. Bom, em primeiro lugar, Thor é um personagem inspirado em um deus nórdico, e como todos sabemos, a bebida que mais nos remente aos nórdicos, é a cerveja. O segundo ponto, é pelo nome do cocktail. Boilermaker (em tradução livre, é algo como "pessoa que faz caldeiras"). E caldeiras, nos lembram força, potência, resistência, que são características do personagem também.
O coquetél, é simples, porém, existem várias versões. A base é cerveja, e acompanhando um shot de whisky. A graça do coquetél, não é exatamente de ser saboreado, é a mais pura intenção de ficar bêbado. No filme, Thor vira o caneco simplesmente para matar a sede (acredito eu), mas é de fato como se toma o boilermaker. A única variável, é onde, e como é usado o shot de whisky. Pode-se jogar o conteúdo na cerveja (como no filme), ou, jogar o copo dentro do caneco e então virar. Ou, por fim, pode-se virar o copo de whisky, e em seguida o de cerveja, um na sequência do outro. Dica dos Ingleses: Use uma English Pale Ale e um rye whisky.
Enfim, gostei disso. Quero mais um!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dia do Orgulho Nerd! E nada como uma bebida nerd...

Hoje, como muitos sabem pois está rolando no facebook há alguns dias, é o dia do orgulho nerd. E mais importante do que isso, hoje, fazem 34 anos da estréia do primeiro filme da sequência Star Wars, motivo que levou a criação da data do orgulho nerd. E em forma de homenagem à série, resolvi postar uma bebida típica de Hoth.
E como de costume, vou falar um pouco sobre a região, digo, planeta de origem da bebida.
Hoth, é um planeta extremamente frio, pra dizer a verdade, congelado. Dentre seus poucos habitantes estão os Wampas, os Tauntaus, os Porcos de Hoth e alguns outros. Além dos rebeldes, que resolveram instalar ali uma base. A temperatura fica entre -30 e -60 ºC, uma temperatura bastante convidativa para um chocolate quente. E essa é a receita do cocktail de hoje.
Pegue um copo de leite, uma colher de chá de chocolate em pó e duas colheres de chá de açúcar. Ponha tudo na panela e em fogo alto vá mexendo até notar bolhas surgindo na borda da panela. Isso significa que o chocolate e o açúcar já integraram o leite, mas mexa bem para garantir. Assim que as bolhas aparecerem, tire do fogo. Sirva em uma caneca de cerâmica, que ajuda a segurar o calor da bebida. Complete com alguns marshmallows e pronto!
Dica: Se for usar achocolatado ao invés do chocolate, use menos, ou nenhum açúcar.

Se é bom ou não, ai já é outra história, que assim que eu descobrir, conto por aqui.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dia 24 de Maio, dia nacional do café! Pt II - Saúde


Depois da postagem sobre a história do café, é hora de falarmos de algo importante, muito importante: Saúde!
Derrubando muitos mitos construídos durante sua história, estudos recentes vem mostrando o lado positivo do consumo do café, e deixando de lado o seu papel de vilão.
O café, além de ser uma bebida sem calorias (obviamente, se consumida sem açúcar), ele também é responsável por aumentar os níveis de endorfina no cérebro! "Ahn...ok, e dai? Que raios é endorfina?". É, eu também pensei isso quando soube da novidade. A endorfina, é a substância responsável pelo bom humor, pela boa memória, pela disposição física e mental, ajuda a aliviar as dores, diminui efeitos de envelhecimento, bloqueia lesões dos vasos sanguíneos e melhora o sistema imunológico.
Além da tal endorfina, o café conta com aminoácidos, lipídeos, proteínas e os diversos compostos voláteis, que dão seus aromas característicos.
O café, ajuda a prevenir diversas doenças, como a depressão, a diabetes (tipo II), o alcolismo e a dependência de drogas. Na depressão e na diabetes, os responsáveis, são os ácidos clorogênicos, aqueles que aumentam a formação da tal endorfina. Já no alcolismo e nas drogas, os responsáveis são os quinídeos, produzidos na torra do café, a partir de quem? Dos benditos ácidos clorogênicos.
E tem mais! O café, possui polifenóis, esses, tem propriedades antioxidantes, que ajudam a evitar o envelhecimento das células, e ajudam na prevenção de câncer e infartos. Antioxidantes também são encontrados em vinhos, soja, gergelim, inhame, cerveja, dentre outros.
Depois de tantas rebimbocas da parafuseta, o resumo é: café, é uma bebida altamente saudável, que hoje é recomendada a todos, desde estudantes (de qualquer idade, crianças e adultos) até atletas. Isso por que suas propriedades de agir na produção de endorfina fazem com que tenhamos melhores desempenhos fisícos e mentais. E claro, tudo isso com uma alimentação adequada e balanceada, e hábitos saudáveis, além, de moderação, em média, 4 xícaras de café ao dia são recomendadas.
Portanto, vamos beber café!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dia 24 de Maio, dia nacional do café! Pt I - História

Amanhã, dia 24 de maio, é o dia nacional do café. E como o tema do blog é a bebida, não podia deixar de falar da bebida mais importante para o Brasil. Afinal, falar de Brasil e não falar de café é quase como falar de Escócia sem Whisky, ou de Alemanha sem cerveja. O café, como disse, é a bebida mais importante do Brasil, e me arrisco dizer que a é a mais adorada pelos brasileiros. Mas de onde veio? Para onde vai? Quais são os hábitos e onde vive essa criatura?
Bom, deixando a bobeira de lado, veremos um pouco da história. A lenda mais aceita sobre a origem do café é a de um pastor, da região onde hoje é a Etiópia, que começou a notar a agitação de suas cabras após comerem certos frutos de cor avermelhada ou amarelada. Ele percebeu que essa agitação as dava mais animo e forças para aguentar as longas caminhadas. Vendo isso, comentou com um monge da região, que após experimentar a fruta em forma de infusão, percebeu que ele lhe dava mais forças para ficar acordado durante suas longas jornadas de orações.
Alguns séculos depois, o café era cultivado na Arábia, passando então a ser chamado de "vinho da Arábia". E dai a origem do nome, "qahwa" significa vinho, e por isso, a bebida recebeu esse nome. Mas ainda assim, a cultura de se torrar o café, e bebe-lo como conhecemos, só veio no século XVI, na Pérsia.
Até o século XVII, o café era um segredo que somente os povos arabes conheciam, fazendo com que os europeus viajantes ficassem extremamente fascinados pela bebida, e passavam a tentar de todas as maneiras descobrir como era o seu processo de criação. E finalmente, após muitos anos os holandeses conseguiram as primeiras mudas e as plantaram no jardim botânico de Amsterdam, entregando o café para os europeus, que logo, aderiram o hábito do consumo do café.
Mas como o papo aqui é Brasil, vamos ao que interessa. Como tudo no Brasil, tivemos um "jeitinho" ao trazer o café para nossas terras. Depois de um bom tempo de vida na América do Sul, o Brasil, que ainda não produzia café, se interessou pela planta, mas ainda precisava conseguir as primeiras mudas. Ai é que entra o jeitinho brasileiro. A pedido do governador do Grão Pará e do Maranhão, o Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, se aproximou da esposa do governador da capital da Guiana (não sei vocês, mas acho que esse "aproximou" é meio suspeito não?) e conseguiu uma muda da planta. E é claro que não acaba por ai, além desse jeitinho, ainda teve de ser trazida clandestinamente, coisa que felizmente, já não acontece mais.
O café então passou a ser plantado em diversas partes do país, e se tornou o principal produto brasleiro. O local da maior destaque ao café, foi o Vale do Rio Paraíba em torno de 1825. E o Brasil, se aproveitando que seu principal concorrente, o Haiti, estava em período de guerras, tornou-se um grande exportador de café. Durante quase cem anos, o café foi a máquina propulsora do Brasil. Foi ele que nos fez desenvolver estradas e ferrovias, assim como foi ele que deu grande destaque à cidade de Santos, pela sua qualidade única no café, e claro, pelo seu porto ser um dos maiores exportadores.
Em 1870, uma forte geada acabou com quase todas as plantações do oeste paulista, e 59 anos depois, em1929, a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque fez com que os preços caissem bruscamente, fazendo produtores queimarem (literalmente) grande parte de sua produção para tentar segurar os preços. Mesmo com seus altos e baixos, o café se manteve no Brasil, e claro, no mundo. Hoje, o Brasil é o maior produtor e segundo maior consumidor de café no mundo, perdendo apenas para o Estados Unidos.
De uma forma ou de outra, o hábito do café brasileiro, é indiscutível, e amanhã, comemoraremos o dia nacional do café. E sempre com moderação... Mas amanhã falamos mais disso.

domingo, 15 de maio de 2011

Pulque? Agave? Ah! Tequila!

Pulque, é o fermentado da Agave. Quase uma cerveja de Agave, ou uma cerveja de tequila, se assim soar mais interessante talvez. O fato é que, a Agave é a matéria prima da tequila, e como qualquer destilado, precisa de um fermentado para produzir seu alcoól. E também era assim que os antigos moradores do que chamamos hoje de México consumiam e veneravam o produto alcoólico de sua matéria prima. Durante muitos séculos foi assim, mas com a chegada dos espanhóis, tudo mudou. Os espanhóis, depois de sua chegada ao Novo Mundo em 1521, acharam a bebida dos nativos muito interessante, e se apropriaram da idéia, adicionando o processo de destilação da bebida por volta de 1535. Ai a bebida passou a ter outros nomes, primeiro como "Brandy de Mezcal", passando por "Vinho de Agave" e "Tequila de Mezcal". Alguns anos depois, adotando somente o nome de Tequila, que é um pequeno vilarejo na região de Jalisco, claro, no México.
O nome, Tequila, mesmo sendo adotado do vilarejo, é um nome curioso e que tem diversas interpretações. Alguns dizem ser uma palavra de origem indígena (Nahuatl) que pode significar algo como "o lugar das ervas selvagens", "o lugar de plantar" ou "o local de trabalho". Outras fontes dizem ser um desdobramento da palavra "tetilla", por que os antigos diziam que o vulcão (que ali perto existe) parecia um seio feminino. Podemos também encontrar a versão de que a palavra viria das pedras vulcanicas, que era usada para ferramentas. E por fim, há quem diga que o nome vem de nomes ancestrais, como Ticuilas ou Tiquilos.
Por fim, é importante ressaltar que durante muitos e muitos séculos a Agave era venerada pelos Aztecas, não  pela sua capacidade de gerar alcoól, mas por ser largamente utilizada por suas fibras. Sendo usada então para produção de cordas, roupas e até papel, sendo chamada então como "árvore das maravilhas".
Então, assim como na história da cerveja, a tequila, ou a Agave, chega aos dias de hoje como começou na sua história, considerada por sua deliciosa bebida, a "árvore das maravilhas".

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Cerveja da Floresta Negra! Não não... não tem chocolate nem cerejas...

Como prometido, hoje eu iria postar a degustação da cerveja apresentada no "Cerveja Filosófica", e que, esqueci de escrever no outro post, era também para o lançamento do livro "Cerveja & Filosofia". Que é uma compilação de celebridades da cerveja falando sobre como a cerveja influenciou e influencia a vida humana, sobre as ligações entre a cerveja e o cotidiano... enfim, me parece um bom livro, que ainda não tive oportunidade de começar a ler. Mas voltando ao assunto, a degustação, vou falar um pouco da cervejaria, que é a Rothaus.
A cervejaria Rothaus é uma cervejaria Alemã que fica na região da floresta negra. Exatamente, é de lá que surgiu o tal do bolo, por ser uma região de grande produção de cerejas, é comum encontrar pratos com tais frutas. Assim como uma aguardente, chamada Kirsch Schnaps, que também tem a mesma matéria prima. A floresta negra ou Schwarzwald, em alemão, é também a terra do relógio cuco, e uma grande produtora de vinhos, mas isso não quer dizer que não tenha espaço para a cerveja não é mesmo?
Como boa parte das cervejarias da Europa, a Rothaus também tem influências religiosas. Foi fundada pelo abade Martin Gerbert von Hornau em 1791, e hoje é uma das principais cervejarias regionais da Alemanha.

Chega de papo, vamos a cerveja!

A Rothaus Pilsen Tannenzäpfle é uma cerevja do estilo German Pilsen, com uma ótima apresentação, uma bela garrafa, ilustrada pela Biergit (garota propaganda da Rothaus) e pelas pinhas e seus ramos, que fazem alusão ao nome da cerveja. A apresentação se completa no copo, uma cor brilhante e viva, com uma espuma generosa e de boa persistencia. Uma ótima presença de malte, com um lúpulo discreto são encontrados tanto nos aromas quanto nos sabores. Tem um corpo de leve a moderado, bastante refrescante e com um leve amargor final, que nos faz querer mais e mais goles, um logo após o outro. Assim como a apresentação, a cerveja também é viva, ou seja, não é pasteurizada, o que garante mais frescor no copo.

A Rothaus é uma cervejaria sustentável, já que se utiliza de energia renovável e purifica todos seus resíduos biológicos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cerveja Filosófica na Livraria Cultura

Ontem fui a um evento que a Livraria Cultura, em parceria com a Laus Special Beers realizou no shopping Market Place, e tivemos a honra de contar com a presença da Cilene Saorin, mestre cervejeira e sommelier de cerveja. O "Cerveja Filosófica", nome dado ao evento, tem a proposta de mês a mês, trazer uma celebridade para filosofar sobre a cerveja.
Nesse primeiro encontro, de poucos na platéia, Cilene nos falou um pouco sobre muitos assuntos. Começando pelo surgimento da cerveja, lá nos Sumérios, e indo até a Idade média, onde o alcóol talvez fosse uma forma de viver e morrer melhor, em meio a tantas guerras e doenças. Falando assim, parece que foi pouco tempo, mas já tinha-se passado tempo o suficiente para que todos estivessem com bastante sede, e então degustamos a primeira cerveja da noite. Uma cerveja do estilo German Pilsner, era a Rothaus Pilsen Tannenzäpfle, que postarei a degustação na semana que vem. Passamos então a diante e falamos um pouco sobre as dores de cabeça e ressaca causadas por determinada bebida ou marca, e numa grande aula, Cilene explicou, que basicamente bebida X ou Y pode fazer mal pra uma pessoa Z e não para uma W, tudo isso, depende da genética e da quantidade e tipos de alcóois superiores ou aldeídos presentes na bebida, mas lembrando que independente disso, o consumo excessivo de alcóol pode (e provavelmente vai) dar dores de cabeça em qualquer um.
Passando a bola, ou o copo, para a platéia, perguntaram sobre a lenda da água, se é ou não verdade que a cerveja X produzida em tal cidade é melhor do que a mesma cerveja em outra cidade. A explicação foi longa e gerou outras perguntas da platéia, mas resumidamente, a lenda, é lenda mesmo, já que as grandes cervejarias trabalham com especificação de matéria prima, ou seja, todos os ingredientes são exatamente idênticos. Já emendando com uma das perguntas seguintes, o que pode variar e alterar o sabor de uma cerveja, é principalmente o transporte, dificilmente se consome a cerveja com o mesmo frescor do que na fábrica, justamente pelo problema de logistica. E completando, falamos sobre data de validade e como isso impacta na qualidade da cerveja. Depois desse assunto um pouco mais breve (apesar de não parecer aqui) degustamos a segunda cerveja, uma Märzen, também da Rothaus.
Retomando o papo, falamos sobre as cervejas populares, temperatura de serviço, estratégia de mercado das populares e das especiais, e como isso influencia em cada consumidor.
E foi a vez da Rothaus Hefeweizen, que como sempre, teve a maior aceitação do público. Dai então, seguindo o papo das diferenças entre populares e especiais, entramos no assunto das características sensoriais, passando por comparações entre estilos de cerveja, e tipos de vinhos, até a influencia das taças e do serviço, como temperatura e ocasião de consumo.
Finalizando o papo da noite, falamos um pouco mais da diferença entre a cerveja da lata e da garrafa, o por que da diferença final no sabor e aroma de cada uma, assim como essa história de primeira e segunda filtragem da cerveja. E, recebemos um presente dos organizadores do evento, foram sorteados três kits de cervejas, cada um com duas das cervejas degustadas da noite e um copo para degustar o estilo. Dei sorte e ganhei o kit da Pilsner.
Fechando a conta, foi um papo bastante instigante, que pediu um próximo gole, digo, encontro. Espero o do mês que vem, e que mais eventos como esse apareçam por ai.