sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cerveja Filosófica na Livraria Cultura

Ontem fui a um evento que a Livraria Cultura, em parceria com a Laus Special Beers realizou no shopping Market Place, e tivemos a honra de contar com a presença da Cilene Saorin, mestre cervejeira e sommelier de cerveja. O "Cerveja Filosófica", nome dado ao evento, tem a proposta de mês a mês, trazer uma celebridade para filosofar sobre a cerveja.
Nesse primeiro encontro, de poucos na platéia, Cilene nos falou um pouco sobre muitos assuntos. Começando pelo surgimento da cerveja, lá nos Sumérios, e indo até a Idade média, onde o alcóol talvez fosse uma forma de viver e morrer melhor, em meio a tantas guerras e doenças. Falando assim, parece que foi pouco tempo, mas já tinha-se passado tempo o suficiente para que todos estivessem com bastante sede, e então degustamos a primeira cerveja da noite. Uma cerveja do estilo German Pilsner, era a Rothaus Pilsen Tannenzäpfle, que postarei a degustação na semana que vem. Passamos então a diante e falamos um pouco sobre as dores de cabeça e ressaca causadas por determinada bebida ou marca, e numa grande aula, Cilene explicou, que basicamente bebida X ou Y pode fazer mal pra uma pessoa Z e não para uma W, tudo isso, depende da genética e da quantidade e tipos de alcóois superiores ou aldeídos presentes na bebida, mas lembrando que independente disso, o consumo excessivo de alcóol pode (e provavelmente vai) dar dores de cabeça em qualquer um.
Passando a bola, ou o copo, para a platéia, perguntaram sobre a lenda da água, se é ou não verdade que a cerveja X produzida em tal cidade é melhor do que a mesma cerveja em outra cidade. A explicação foi longa e gerou outras perguntas da platéia, mas resumidamente, a lenda, é lenda mesmo, já que as grandes cervejarias trabalham com especificação de matéria prima, ou seja, todos os ingredientes são exatamente idênticos. Já emendando com uma das perguntas seguintes, o que pode variar e alterar o sabor de uma cerveja, é principalmente o transporte, dificilmente se consome a cerveja com o mesmo frescor do que na fábrica, justamente pelo problema de logistica. E completando, falamos sobre data de validade e como isso impacta na qualidade da cerveja. Depois desse assunto um pouco mais breve (apesar de não parecer aqui) degustamos a segunda cerveja, uma Märzen, também da Rothaus.
Retomando o papo, falamos sobre as cervejas populares, temperatura de serviço, estratégia de mercado das populares e das especiais, e como isso influencia em cada consumidor.
E foi a vez da Rothaus Hefeweizen, que como sempre, teve a maior aceitação do público. Dai então, seguindo o papo das diferenças entre populares e especiais, entramos no assunto das características sensoriais, passando por comparações entre estilos de cerveja, e tipos de vinhos, até a influencia das taças e do serviço, como temperatura e ocasião de consumo.
Finalizando o papo da noite, falamos um pouco mais da diferença entre a cerveja da lata e da garrafa, o por que da diferença final no sabor e aroma de cada uma, assim como essa história de primeira e segunda filtragem da cerveja. E, recebemos um presente dos organizadores do evento, foram sorteados três kits de cervejas, cada um com duas das cervejas degustadas da noite e um copo para degustar o estilo. Dei sorte e ganhei o kit da Pilsner.
Fechando a conta, foi um papo bastante instigante, que pediu um próximo gole, digo, encontro. Espero o do mês que vem, e que mais eventos como esse apareçam por ai.

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